DETERMINANTES DA PERCEPÇÃO DOS INDIVÍDUOS ACERCA DE SEUS PRÓPRIOS ESTADOS DE SAÚDE
DOI:
https://doi.org/10.22456/2176-5456.56350Palavras-chave:
Economia da saúde, Índices de Theil, Doença crônica, Modelos probit.Resumo
O objetivo deste trabalho é analisar a percepção que os indivíduos brasileiros têm acerca de seu próprio estado de saúde, dados os diferentes aspectos individuais. Neste caso, as variáveis explicativas são o nível de renda, o sexo, a raça, a idade, a ocupação e as doenças crônicas de cada indivíduo. Este estudo é feito de forma empírica, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008. Primeiro, faz-se uma análise de concentração das causas relacionadas ao bom estado de saúde, derivando a decomposição dos índices de Theil T e a taxa bruta de contribuição. O segundo passo é estimar um modelo probabilístico com as variáveis explicativas sobreditas e a variável dependente definida como a autoavaliação acerca do bom estado de saúde. Os resultados dos índices de Theil mostraram que algumas características são concentradas naqueles indivíduos que se dizem estar em mau estado de saúde, tais quais o fato desse ser mulher e não ser contribuinte de nenhum fundo de previdência. Algumas doenças também se mostraram concentradas nesses indivíduos, como hipertensão, diabetes e depressão. Os resultados do modelo probabilístico (efeitos marginais), por sua vez, reforçam o fato dos indivíduos portadores de doenças crônicas terem uma má percepção acerca de seus estados de saúde e a incapacidade da renda explicar tal percepção. Além disso, quanto maior o grau de escolaridade, maior a sensação do indivíduo de estar em bom estado de saúde. Portanto, políticas públicas relativas à prevenção de doenças crônicas, à priorização dos idosos, à melhoria na estrutura de logística e ao crescimento do nível educacional são indicadas para melhorar a sensação do indivíduo de estar em um bom estado de saúde.