Comunicação como ruptura: nuances de uma nova teoria brasileira

Autores

  • Vanessa Matos dos Santos Doutora; Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG

DOI:

https://doi.org/10.19132/1807-8583201842.96-113

Palavras-chave:

Nova Teoria da Comunicação. Ruptura. Epistemologia. Metáporo.

Resumo

A concepção de territórios discursivos engendra lugares políticos e, ainda que de uma forma indireta, pressupõe uma espécie de colonização cognitiva e epistêmica. Os estudos em Comunicação no Brasil e na América Latina ainda são maciçamente marcados por contribuições teóricas e conceitos que foram forjados levando em consideração contextos outros que não os da Ibero-América. Objetivando apresentar um importante progresso alcançado no Brasil, este artigo apresenta a Nova Teoria da Comunicação (NTC) e o conceito de comunicação como ruptura e consequente abertura ao Outro. Dada esta abertura, a NTC não trabalha com a rigidez metodológica e sim com o rigor em narrar os acontecimentos através do metáporo. Busca-se demonstrar, sobretudo, que pesquisar com os procedimentos metapóricos enseja uma nova relação entre pesquisador e objeto de pesquisa, que permite vislumbrar novos olhares num campo tão complexo como o da Comunicação.                  

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Biografia do Autor

Vanessa Matos dos Santos, Doutora; Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG

Professora e Pesquisadora da Universidade Federal de Uberlândia (UFU – MG) no curso de Comunicação Social – Jornalismo. Doutora em Educação Escolar pela Unesp/Araraquara. Mestre em Comunicação pela Unesp/Bauru, Doutoranda em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA – USP. Desenvolve pesquisa, com auxílio UFU, com estudo de formas audiovisuais jornalísticas. Integrante do Grupo de Pesquisa Aruanda lab.doc. - pesquisas e análises sobre métodos de produção audiovisual de não ficção (USP), FiloCom – Núcleo de Estudos Filosóficos da Comunicação (USP). E-mail: vanessamatos@ufu.br

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Publicado

2018-04-25

Como Citar

Santos, V. M. dos. “Comunicação Como Ruptura: Nuances De Uma Nova Teoria Brasileira”. Intexto, nº 42, abril de 2018, p. 96-113, doi:10.19132/1807-8583201842.96-113.

Edição

Seção

Artigos