Professoras Transexuais e Travestis no Contexto Escolar: entre estabelecidos e outsiders

Autores

  • Marco Antônio Torres Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Ouro Preto/MG – Brasil
  • Marco Aurélio Prado Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte/MG – Brasil

Palavras-chave:

Educação. Professoras. Transexualidades. Heteronormatividade.

Resumo

Neste artigo debatemos questões envolvidasna emergência de professoras transexuais femininas ou travestis na escola.Utilizamos a noção de outsiders e de heteronormatividade para analisarcomo essas professoras permanecem na função docente. Consideramosque a emergência dessas professoras está relacionada a novos posicionamentosreferentes às noções de gênero nas políticas de direitos humanos,especificamente pelas lutas do movimento social. Por fim, afirmamos quea emergência dessas professoras não pode ser compreendida como suspensãoda heteronormatividade, mas como o aparecimento de novas questõespara se analisar no ambiente escolar. artigo debatemos os aspectos sociais envolvidos na emergência de professoras trans na escola. Analisamos, pela categoria teórica estabelecidos-outsiders, como essasprofessoras se posicionam frente à homofobia e em relação às instáveis articulações entre militância LGBT e posições acadêmicas, bem como nos dissensos entre posições sexuais identitárias e pós-identitárias. Por fim, consideramos como aemergência de professoras trans pode acirrar posicionamentos referentes às noções de gênero, direitos humanos e cidadania LGBT. Assim, a existência desses sujeitos não pode ser compreendida como suspensão da heteronormatividade, mas sim como surgimento de novas formas de subalternização dos indesejáveis no ambiente escolar.

 

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Biografia do Autor

Marco Antônio Torres, Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Ouro Preto/MG – Brasil

É doutor em Psicologia Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com estudos na área da educação, diversidade sexual e participação social. É professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), vinculado ao Departamento de Educação e ao Programa de Pós-Graduação em Educação, com atuação junto aos Núcleos de Pesquisa em Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH/UFMG) e Caleidoscópio
(UFOP).

Marco Aurélio Prado, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte/MG – Brasil

É doutor em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo com estudos sobre participação social, identidades coletivas e movimentos sociais. É professor junto ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia e pesquisador nos Núcleos de Pesquisa em Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH/UFMG) e Psicologia Política
(NPP/UFMG).

Publicado

2014-01-28

Como Citar

Torres, M. A., & Prado, M. A. (2014). Professoras Transexuais e Travestis no Contexto Escolar: entre estabelecidos e outsiders. Educação & Realidade, 39(1). Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/29664

Edição

Seção

Artigos