Prezados,
Encerramos a nossa revista eletrônica Contingentia em maio de 2011. A seguir uma rápida explicação sobre os motivos:
1. Fundei, junto com o Gerson Neumann, a revista em 2006 por dois motivos: a) ter a primeira revista eletrônica no âmbito dos estudos lingüísticos e literários referente às relações Brasil-Alemanha e b) comprovar que é possível editar uma revista dentro dos prazos previstos e responder a todos os e-mails de interessados/autores dentro de um prazo bem rápido.
2. A revista faz parte do sistema SEER/UFRGS e obedecemos aos Critérios de Classificação do Qualis por Área, listados no site da Capes/Webqualis: http://qualis.capes.gov.br/arquivos/avaliacao/webqualis/criterios2007_2009/Criterios_Qualis_2008_41.pdf
Indexei a revista, entre outros, em LAPTOC: Latin American Periodicals Tables of Contents; Germanistik im Netz; Latindex; Biblioteca Revistas eletrônicas CCG/IBT; Elektronische Zeitschriftenbibliothek; Zeitschriftendatenbank (ZDB); Sumários de Revistas Brasileiras; Directory of Open Acess Journals e recebemos, por exemplo, da Intute, um consortium de instituições como University of Birmingham, University of Bristol, Heriot-Watt University, The University of Manchester, Manchester Metropolitan University , University of Nottingham e University of Oxford, uma avaliação extremamente positiva: This periodical is a particularly good example for a truly comparative periodical with the well-defined focus.
http://www.intute.ac.uk/cgi-bin/search.pl?term1=revista+contingentia&limit=0&subject=All
Em seguida, tentei obter uma avaliação via Qualis e mandei inúmeros e-mails ao representante da nossa área, o Prof. Dr. Benjamin Abdala Júnior (USP), solicitando a tal avaliação da Capes. Nunca recebi um único e-mail de resposta. No primeiro semestre de 2010, finalmente houve uma avaliação, e a revista recebeu um frustrante B5. Tentei novamente entrar em contato com o representante da nossa área, o Prof. Dr. Benjamin Abdala Júnior (USP), para saber os motivos desta avaliação baixa, que se tornou, para nós, ainda mais incompreensível frente a classificação A1 de revistas que publicaram apenas um número por ano e nem são revistas indexadas. Na própria página da Capes (sobre os critérios) consta como pré-requisito básico de A1, entre outros, uma "periodicidade mínima de dois números anuais". Sendo assim, pedi uma explicação sobre este modus de avaliar e se havia a possibilidade de recorrer formalmente à classificação. Novamente mandei diversos e-mails, todos sem resposta. Somente após uma intervenção da própria Capes, nosso representante se manifestou; alegando falta de tempo e sem responder as perguntas.
Todo este quadro foi exposto no VI Fórum de Editores Científicos da UFRGS, dia 11 de novembro de 2010, com presença de representantes da Capes. Obtivemos a resposta que certas universidades (sem querer citar nomes aqui) têm mais poder e que infelizmente é assim que nossa área (Letras) funciona e a única maneira de avançar seria então fazer contatos, estabelecendo assim uma rede de pressão.
Frente a tudo isso, prefiro encerrar então a revista Contingentia a partir de maio de 2011.
Gostaria de agradecer a Propesq/UFRGS, que sempre apoiou este projeto com uma bolsa de editoração, e à nossa bolsista, Gabriela Wondracek Linck, que mostrou competência, dedicação e iniciativa muito além do obrigatório.
Prof. Michael Korfmann