Composição gravimétrica dos RCD para a etapa de acabamento em obras residenciais horizontais

Autores

  • Marcelo Oliveira Caetano Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
  • João Batista Oliveira Selbach Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS
  • Luciana Paulo Gomes Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Palavras-chave:

Resíduos de Construção e Demolição, Obras Residenciais Horizontais, RCD

Resumo

Uma parcela considerável dos resíduos de construção e demolição (RCD) gerados em um canteiro de obras é proveniente da etapa de acabamentos. Destes, uma grande quantidade são potencialmente recicláveis, com a possibilidade de aproveitamento no próprio local onde é gerado. Contudo, ações de reaproveitamento em obras não são rotineiras devido a fatores como dificuldades de identificação, segregação e classificação destes resíduos. Conhecer a composição gravimétrica qualitativa e quantitativa do RCD gerado por etapa da obra torna-se essencial para justificar tecnicamente e economicamente esse reaproveitamento. Assim, de forma a contribuir para o tema, a pesquisa proposta por este artigo objetivou a avaliar a composição gravimétrica dos RCD gerados na etapa de acabamentos de obras residenciais horizontais de padrão construtivo do programa habitacional Minha Casa Minha Vida. Desenvolveu-se uma pesquisa quantitativa com estudo de caso e coleta de dados primários em campo. Os resultados confirmaram que 92% dos RCD gerados na fase de acabamentos são passíveis de reciclagem. Nestes estão contidos: 39,13% de madeira; 23,19% de plásticos, papel e metal; 16,09% de gesso; 12,99% de demolição (concreto, argamassa, cerâmica, etc); 8,38% de embalagens contaminadas e 0,22% de fios. Como indicador de produção de RCD, a geração média para a fase de acabamentos representou 0,58m³/casa ou 0,012 m³/m² de área útil construída. Para acabamentos finos, o índice obtido foi de 0,46m³/casa ou 0,0098 m³/m² e para acabamentos brutos foi de 1,11 m³/casa ou 0,0237 m³/m².

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Biografia do Autor

Marcelo Oliveira Caetano, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2004), pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho (2006), Mestre em Engenharia Civil: Gerenciamento de Resíduos (2009), Doutorado em Engenharia de Minas, Metalurgia e Materiais (UFRGS). Com experiência nas áreas de Engenharia Sanitária, Ambiental e de Segurança do Trabalho atuando em: certificações ISO 9001 (Qualidade), ISO 14001 (gestão ambiental), OHSAS 18001 (gestão em saúde e segurança do trabalho); licenciamento, gerenciamento, remediações e avaliações ambientais; gestão de riscos e perigos em SST. Professor do Curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho e dos cursos de graduação em Engenharia Civil, Engenharia Ambiental e Gestão Ambiental na UNISINOS. Membro do Departamento do Sistema de Gestão Ambiental da UNISINOS.

João Batista Oliveira Selbach, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Graduado em Engenharia Civil pela Unisinos.

Luciana Paulo Gomes, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Luciana Paulo Gomes é doutora em Engenharia Civil/Hidráulica e Saneamento pela Escola de Engenharia de São Carlos/Universidade de São Paulo. É professora titular da Universidade do Vale do Rio dos Sinos onde é Coordenadora do Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil e Coordenadora do Sistema de Gestão Ambiental e de Qualidade dos Laboratórios Tecnológicos. Na graduação ministra aulas nos cursos de Engenharia Civil, Gestão Ambiental e Engenharia Ambiental. Como pesquisadora atua na área de Engenharia Sanitária, com ênfase em Resíduos Sólidos, Domésticos e Industriais. A temática principal de seus estudos é em Gerenciamento e tratamento de resíduos sólidos urbanos e Gestão Ambiental, Líder do grupo de pesquisa do CNPq "Saneamento Ambiental-Unisinos&quot.

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Publicado

01.01.2016

Como Citar

CAETANO, M. O.; SELBACH, J. B. O.; GOMES, L. P. Composição gravimétrica dos RCD para a etapa de acabamento em obras residenciais horizontais. Ambiente Construído, [S. l.], v. 16, n. 2, p. 51–67, 2016. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/ambienteconstruido/article/view/57693. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos