A obra aberta de Qorpo-Santo
DOI:
https://doi.org/10.22456/1981-4526.17645Palavras-chave:
Qorpo-Santo, Criação literária, Obra aberta, Teatro brasileiro.Resumo
Em 1877 o gaúcho José Joaquim de Campos Leão Qorpo-Santo imprimiu por conta própria, com a exceção de um dos nove volumes, sua obra completa, a Ensiqlopédia ou Seis mezes de huma enfermidade. A construção do projeto enciclopédico revela em alguns momentos um processo de criação conturbado, como se o autor tivesse correndo contra o tempo, sem possibilidades de correções, às vezes em um fluxo ininterrupto. O teatro, por exemplo, todo ele datado, teria sido escrito em apenas seis meses, de janeiro a junho de 1866. O presente trabalho gira em torno de uma poética da obra aberta que Qorpo-Santo concede ao leitor. Uma liberdade de intervenção que parte de uma consciência própria de que sua obra é incompleta, talvez até mesmo imperfeita. Ironicamente, o dramaturgo gaúcho intitulou sua obra completa de Ensiqlopédia, o que sugere uma pretensão de universalidade, de completude. No entanto, o que se realiza é um teatro repleto de imperfeições, não estéticas, mas reflexo da condição humana, de um mundo caótico e fragmentado.Downloads
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Publicado
2011-09-13
Como Citar
de Freitas, T. (2011). A obra aberta de Qorpo-Santo. Nau Literária, 7(1). https://doi.org/10.22456/1981-4526.17645
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SEÇÃO LIVRE
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