A PERCEPÇÃO DOS GESTORES BRASILEIROS SOBRE OS PROGRAMAS DE PREPARAÇÃO PARA A APOSENTADORIA

Autores

  • Lucia Helena F. P. França PhD pela The University of Auckland (NZ)
  • Cristiane Pimentel Nalin Mestre em Psicologia pela Universidade Salgado de Oliveira
  • Andreia da Rocha Siqueira Brito Graduada em Psicologia pela Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO
  • Silvia Miranda Amorim Graduação em Psicologia - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
  • Talmo Rangel Mestre em Psicologia pela Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO
  • Nanci Claudete Ekman Graduação na Escola de Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.22456/2316-2171.50434

Palavras-chave:

Envelhecimento, Organizacoes, Gestores, Programas de Preparacao para Aposentadoria

Resumo

 

Com o aumento cada vez mais evidente da população idosa no Brasil, diversas medidas para o bem-estar desta população foram estabelecidas na Política Nacional do Idoso e no Estatuto do Idoso. Dentre estas medidas, destacam-se os programas de preparação para a aposentadoria, apesar de muitas empresas desconhecerem esta obrigatoriedade. A presente pesquisa descritiva teve por objetivo investigar a percepção de 207 gestores – um por organização – sobre os Programas de Preparação para a Aposentadoria – PPA nas organizações. A maioria dos participantes era do sexo feminino (60%) com média de idade de 49 anos (26 a 76 anos). Os resultados revelaram que apenas um quarto das organizações adotava o PPA, embora a maioria considerasse sua implantação relevante. Cerca da metade dos gestores respondeu que o programa deveria ser oferecido de três a cinco anos antes da aposentadoria. Quando questionados sobre as medidas que poderiam tomar frente aos trabalhadores mais velhos, a frequência foi maior das medidas que não seriam implantadas, como: a possibilidade reduzir de status hierárquico (84%), licença extra (83%), aposentadoria parcial – meio expediente (78,5%), redução de carga horária (72%). As medidas que seriam implantadas dizem respeito à possibilidade de adequação das tarefas (52,2%), medidas ergonômicas (50,7%) e limite de idade para um trabalho impróprio ou insalubre (44,6%). Estes resultados apontam a necessidade de sensibilizar os gestores especialmente, os de Recursos Humanos quanto ao envelhecimento no contexto organizacional.


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Biografia do Autor

Lucia Helena F. P. França, PhD pela The University of Auckland (NZ)

Professora titular do Programa de Pos-Graduacao em Psicologia (Mestrado e Doutorado) da Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO, onde leciona e  coordena projetos de pesquisa na área do envelhecimento, em especial sobre aposentadoria e intergeracionalidade, com o apoio da FAPERJ e do CNPq.

Cristiane Pimentel Nalin, Mestre em Psicologia pela Universidade Salgado de Oliveira

Doutoranda em Psicologia pela Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO

Andreia da Rocha Siqueira Brito, Graduada em Psicologia pela Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO

Mestranda em Psicologia - Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO

Silvia Miranda Amorim, Graduação em Psicologia - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Mestranda na Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO

Talmo Rangel, Mestre em Psicologia pela Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO

Doutorando na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Nanci Claudete Ekman, Graduação na Escola de Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Mestranda em Psicologia pela Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO

Referências

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Publicado

2014-03-31

Como Citar

França, L. H. F. P., Nalin, C. P., Brito, A. da R. S., Amorim, S. M., Rangel, T., & Ekman, N. C. (2014). A PERCEPÇÃO DOS GESTORES BRASILEIROS SOBRE OS PROGRAMAS DE PREPARAÇÃO PARA A APOSENTADORIA. Estudos Interdisciplinares Sobre O Envelhecimento, 19(3). https://doi.org/10.22456/2316-2171.50434

Edição

Seção

Artigos originais